SILENTE

E queremos gritar e na garganta

O grito se desvanece:

Desembocamos no silêncio

Onde os silêncios emudecem.

[Octávio Paz]

Eu calo e me regalo na quietude

Das cordas em repouso na garganta,

Silêncio meu pairando em amplitude,

Um campo de sossego que m’encanta.

A voz deixo morrer na solitude,

Nas ondas do momento que m’espanta

Em cada nota a paz em plenitude

Alcança meus espaços, se agiganta.

Vibrando nas estâncias do mutismo,

Eu avanço nas esferas transcendentes,

Buscando com fervor o sincronismo,

Nas fibras oscilantes tão latentes.

Me deixo suspender em hermetismo,

E elevo meus sentidos calmamente...

Alessa B
Enviado por Alessa B em 09/11/2009
Reeditado em 25/04/2023
Código do texto: T1913502
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