A PENA
Na mão do poeta, a pena vagueia...
Rabiscando versos, em sua teia!
Seguindo submissa, na folha nua...
Bailando sentimento como uma lua.
As letras ligeiras, uma a uma vão juntando.
Em palavras ardentes, no coração vai tocando.
Chegando ao auspicie no seu caminhar
Nasce o poema neste seu bailar.
Na mão do poeta, a pena faz o mesmo caminho
Quando a argila está na mão do artesão
Ao preparar com esmero sua arte com carinho
Em sua dança simbiótica delineando curva
Traçando em seus relevos rodando na mão
Transformando em arte a argila crua.
Ananindeua, 26/11/04 – 23h:00