Soneto n.105

Ainda me sinto tua prisioneira,
sentimental, cativa, satisfeita;
imersa em paixão tão perfeita
como fosse a mulher-primeira.


A tua luz chegou muito certeira,
feito um dádiva de boa colheita
de uma messe quase insuspeita,
a preencher de beleza a fruteira.


E tanto me fazes sentir...e tremer,
(em desejo e neste doce espanto)
que esqueço de mim por te querer.

Assim, meu anjo, eu me faço prenda
e em rendas te espero, meu encanto,

ah... canto de amor de minha senda!
***

Silvia Regina Costa Lima
outubro de 2009



SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 07/11/2009
Reeditado em 28/09/2012
Código do texto: T1911078
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