*A FRAGILIDADE DO AMOR

Difícil escapar desta artimanha
Que traça o coração humildemente
Vivendo como probo da façanha
Encanta-se por tudo lentamente

E pinta na lembrança tela viva
Com cores e matizes maviosos
É como numa peça que dá vida
Aos anos passageiros ardilosos

É como numa dança que bailando
Desfila toda graça e harmonia
Entrega toda alma vai moldando

Os passos que flutuam pela graça
Neste compasso recorro à poesia
E ao poeta compartilhar desta taça
                                            sonianogueira


O amor, velha artimanha do querer,
Explode em mil pedaços quem deseja,
Tomando num segundo todo o ser,
Ao mesmo tempo acalma e já lateja

Vencido pelas ânsias deste insano,
Eu pude perceber que não sou nada,
Entregue aos descaminhos do tirano,
A minha vida aos poucos se degrada,

Aguardo após a chuva uma bonança
Que possa me trazer alguma paz,
Mas quando a vida e o tempo avança
Eu sinto-me em verdade um incapaz.

E deixo-me levar pela torrente
Atada nos meus pés, fria corrente...
                                           marcosloures
Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 06/11/2009
Código do texto: T1909067
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.