CALENDA (soneto brasileiro)
CALENDA (soneto brasileiro)
Roda o carro e mordisca o olhar sabor terra.
Sob moldura o asfalto, de flores silvestres,
seu negro viajar, quiçá, negado a pedestres,
ao Goio-Ên, de curva em curva, desce a serra.
A meio caminho, na barranca do Uruguai,
com louvores do poeta ergue-se o Calenda
– bar e restaurante – encantadora tenda,
que à plêiade turística seduz e atrai.
Na sacada amena, a contrassóis rescaldantes,
o clima perfeito ao sussurrar dos amantes
e a sutil receita da lucidez/loucura.
Jamais sonhara o amor tão preciso escaninho
com terno arrulho de amor ao sabor do vinho.
... e o Rio Uruguai imperturbável murmura!