CALENDA (soneto brasileiro)

CALENDA (soneto brasileiro)

Roda o carro e mordisca o olhar sabor terra.

Sob moldura o asfalto, de flores silvestres,

seu negro viajar, quiçá, negado a pedestres,

ao Goio-Ên, de curva em curva, desce a serra.

A meio caminho, na barranca do Uruguai,

com louvores do poeta ergue-se o Calenda

– bar e restaurante – encantadora tenda,

que à plêiade turística seduz e atrai.

Na sacada amena, a contrassóis rescaldantes,

o clima perfeito ao sussurrar dos amantes

e a sutil receita da lucidez/loucura.

Jamais sonhara o amor tão preciso escaninho

com terno arrulho de amor ao sabor do vinho.

... e o Rio Uruguai imperturbável murmura!

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 06/11/2009
Código do texto: T1907818
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