CONTO SEM FADAS

Conto sem fadas

É a vida malfadada que já começa com choro,

E se não chorar não será tão bem nascido...

É a inversão absoluta do sentido do por vir...

É sentir bem no âmago, o presente que ganhou...

A festa é inevitável, afinal alguém voltou...

Assim é no ocidente, com as almas cristalizadas...

Que recebe com euforia a nova vida encarnada...

As vibrações dessas almas estão abaixo do Amor,

Aquele que é maior do que nos contos de fada...

A mãe geradora de tudo, junto com o pai que recebe,

Aguardam tranqüilos e calmos a ação de quem concebe...

Ajudá-lo a enxergar seu papel,aceitar o seu final...

Saber guiar esse ser, organiza-lhes o mapa...

Tirar-lhes as fadas dos contos e colocá-las na estrada...

Veronica Jacó de Souza

Guaratinguetá – SP., 04.11.2009

Foi este sistema híbrido no qual viemos ao mundo,

Com esforço profundo alguns se saem menos mal,

Pois este inferno astral no qual temos que viver,

Tem pouco a oferecer e as exigências são muitas...

Ao chegar se esboça um choro é sinal de robustez,

Se houver a timidez e não soltando nem um pio,

Já causa até calafrios nos genitores da criatura,

A mãe se sente insegura e o pai inconformado...

Mas isto é só o começo depois chora de amargura,

E vai sofrendo torturas das durezas ancestrais,

Os sonhos ficam incapaz de ser trazido ao real..

Nesta luta desigual de fadas existem os filmes,

E as decisões mais firmes são cruéis e solitárias,

Nesta vida proletária de mendicância e poder...

Excelente poema Petrovana, tenha uma linda noite...

Esta é uma inspiração Lorenense.. MJ.

Qui lindo, poeta Miguel Jacó...Muito obrigada por essa jóia de interação...Amei....

Bjs no seu coração...

veronica