TROCO DE BALAS
Balas de troco
Sempre ao mercado ia e bala de troco recebia
Isto por troco não ter, diziam as moças do caixa.
Sem culpá-las por tal que um pote de balas enchia
O cofre para meu socorro já não estava em baixa!
O dinheiro brasileiro qualquer mercador o faz
Sem a moeda vende mais, ninguém volta a devolver!
Economia que ao fim do dia bom lucro trás,
Giro de mês pagar funcionário sem no bolso à mão meter.
E assim foi, dias, meses e ano que balas recebia!
Troco informado ser, na hora em que eu pagava.
Ouvindo a mesma frase toda hora que ao mercado ia.
Mas deparei-me um dia com a corda no pescoço,
Sem dinheiro ou outra fonte, as balas que me valeram.
Fiz compra; as balas ao balcão derramei.Tornaram doce!
Barrinha 04 de novembro de 2009 – 18; 35
Antonio Israel Bruno
Bala de troco