A árvore cortada.
Amiga, se jaz ao chão, sem cor tua folhagem
Que já deu sombra, flor e fruto doce.
O teu silêncio verde, talvez fosse
o grito silencioso desse lápis.
Amiga, o furor cruel da moto serra,
não vai calar a solidão que clama,
nem apagar a verdejante chama
de tua irmã que eu plantar na terra !
Pois, este galho, esta flor, esta semente
renascerá em tudo onipresente,
com mãos gigantes, sacudindo o céu.
Respondo aos elfos, na floresta errante:
Eu te verei, te encontrarei distante,
nas moléculas de uma folha de papel.