EU E A SAUDADE
A saudade esperava-me num trono
alegoricamente deslumbrado,
quando eu voltava, qual um cão sem dono,
das esperas perdidas no passado.
Sua voz, de tristezas tendo o entono,
conversou sobre amores que hei deixado,
falou de desencanto, de abandono,
depois, veio sentar-se de meu lado.
E ficamos os dois, saudade e eu,
entre espelhos sem luz, no claro escuro
da manhã, que morrente entardeceu.
Eu, a saudade, sonhos em monturo
do poeta plural que se perdeu
do passado estimado a ser futuro...
Odir e a saudade, de passagem
A saudade esperava-me num trono
alegoricamente deslumbrado,
quando eu voltava, qual um cão sem dono,
das esperas perdidas no passado.
Sua voz, de tristezas tendo o entono,
conversou sobre amores que hei deixado,
falou de desencanto, de abandono,
depois, veio sentar-se de meu lado.
E ficamos os dois, saudade e eu,
entre espelhos sem luz, no claro escuro
da manhã, que morrente entardeceu.
Eu, a saudade, sonhos em monturo
do poeta plural que se perdeu
do passado estimado a ser futuro...
Odir e a saudade, de passagem