EU E A SAUDADE


A saudade esperava-me num trono
alegoricamente deslumbrado,
quando eu voltava, qual um cão sem dono,
das esperas perdidas no passado.

Sua voz, de tristezas tendo o entono,
conversou sobre amores que hei deixado,
falou de desencanto, de abandono,
depois, veio sentar-se de meu lado.

E ficamos os dois, saudade e eu,
entre espelhos sem luz, no claro escuro
da manhã, que morrente entardeceu.

Eu, a saudade, sonhos em monturo
do poeta plural que se perdeu
do passado estimado a ser futuro...


Odir e a saudade, de passagem

oklima
Enviado por oklima em 03/11/2009
Código do texto: T1903315
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