Doce Tortura
O amor, esse sentido complicado;
Às vezes, um querer que não se espera;
Um breve despertar de um sonho alado
Nos braços da ilusão na primavera!
Talvez o amor em gesto não pensado
Queira banir do mundo a “besta fera”
Como se um anjo azul, iluminado,
Viesse acalmar a quem se desespera...
O amor que chega, invade, transfigura...
E mesmo o ser que o ódio tem no peito
Ao mundo se faz belo, sem defeitos!
O amor acende, apaga, modifica,
Chora, sorri, confunde, simplifica,
Mas não se encontra enfim, melhor tortura!