Foi poeta, amou e morreu um dia...

(Dedico esse soneto a um dos maiores gênios literários - “Álvares de Azevedo”.)

Triste vida que te condenas

Brota dor no seu olhar de devaneio

Amor que mutila a face plena

Faz-te pulsante e delirante como esteio

Poeta que ama e sonha abruptamente

Em doces versos no regresso dos poemas

Desejas a mulher que lhes toca eternamente

Mesmo no leito do desespero da doença

Homem menino, que pela rosa o ar lhe suspirava

Tragou desejos de beijar a doce amada

Travou batalhas pelo amor que mais queria

Viveu de sonhos mergulhados na enseada

Adormecido, cravou no peito quem mais amava

E Foi poeta, amou e morreu um dia

Nelson Rodrigues de Barros
Enviado por Nelson Rodrigues de Barros em 02/11/2009
Código do texto: T1901030