PARA ELISA

Deixaste, enfim, terreal recordação.
Mas prefiro, nesta hora de saudade,
Imaginar-te adejando, pela Assunção,
E assomar ao ádito feliz da eternidade.
 
Como sorris! à vista da cintilação,  
Que das estrelas expende a claridade;
Delíquio, simulando a comoção
E prelibando, doce e bem, tranquilidade.
 
Flor imarcessível, perpétua oblação
De tirsos, em ramalhetes de bondade,
Enliçados com fé por hábil artesão.
 
E vejo lá no Céu, na sua imensidade,
O braço de Deus que é omnipotente e bom
Vir acolher-te a Si, preciosidade!
ANTONIO JORGE
Enviado por ANTONIO JORGE em 02/11/2009
Reeditado em 04/11/2009
Código do texto: T1900475
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