OBRIGADO, LICEU!* [CXXXI]

Mais que saga de gratos devaneios,

os verdes anos de um passado meu

revoam-me na mente, e dão volteios,

no sesquicentenário do Liceu.

Meus ex-mestres, de lá, eram-me esteios

que esteiam este infante que sou eu,

e os sonhos ternos, de lembranças cheios,

são livros de saudades do Liceu.

Obrigado, longevo e glorioso,

sempre terás florido, grão a grão:

tu tens na galeria a própria glória.

De Beviláqua até Dodt Barroso,

os teus notáveis, já no panteão,

escrevem-te a notícia meritória.

(1995)

Fort., 1º/11/2009.

(*) Soneto rabiscado em 1995, estava entre

os meus “dormidos”. Resgato-o com prazer

por tratar de um singelo agradecimento a

uma instituição que já teve seus tempos de

ouro e para lembrar os 150 anos da funda -

cão. Fundado em 1845, é um nicho de gló-

rias, na Educação do Ceará. Pelos bancos

do Liceu, passaram inúmeros ex-governa -

dores, homens do mais alto escalão da cul -

tura até nacional. Incontáveis os educadores,

escritores, poetas, jornalistas, médicos, en -

genheiros, arquitetos, enfim, profissionais

de todas as áreas do conhecimento humano.

Sem ingredientes estéticos, este é um poema

de afetividade.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 01/11/2009
Código do texto: T1899079
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