O CÉU E O POETA (KNZ) -/- MORTE DO POETA (Elen Nunes) -/- A NOITE E O POETA (Arão Filho) -/- VOLTANDO ÀS ORIGENS (Jacó Filho)

O CÉU E O POETA

(KNZ)

Ao despedir-se um poeta desta vida,

leva consigo incontáveis dores,

a lembrança de todos os amores,

nas linhas da poesia, por vezes, traída.

A eternidade o espera, comovida

num fraterno abraço repleto em flores,

com todas as estrelas e seus fulgores

dando por fim a lágrima, ferida.

O céu concede a merecida glória,

na voz do anjo que feroz vocifera

os laços cruéis de uma triste história.

Doce momento que o poeta não espera:

Ao sentir os versos livres da memória,

há de sorrir como jamais fizera.

MORTE DO POETA

(Elen Nunes)

Poeta dos soluços circunstantes,

dos amores perdidos, mal queridos,

nos versos em lágrimas exauridos,

discorrem em seus últimos instantes.

Chora esta dor do versejar errante,

pela vida em fantasias desterradas,

rolando pranto pelas madrugadas,

clamando a morte pelo amor distante.

Venham céu e lua de estrelas matutinas,

cobrir o seu Poeta com azul manto,

quais ondas são dos mares prometidas.

Nesta hora em que parte em desatino,

façam do seu sepulcro doce encanto...

Como fora de encantos, seu destino.

A NOITE E O POETA

(Arão Filho)

Já é quase noite, triste poeta.

E o luzeiro no alto já vai se abrindo.

Os diamantes no céu vão surgindo.

De angústias, minh’alma jaz repleta!

Deita-te pelo breu, que a ti inspira.

E faz-me uma poesia, um lamento...

Dita aos teus versos o meu sofrimento.

E toda emoção que de mim transpira!

Fazes de lágrimas tuas palavras

Ah, copiadas do meu peito aflito

E eterniza-as no mar da história!

Pois s’eu morrer sem abrir as aldravas

Que me levem contigo ao infinito

Seremos versos idos da memória...

VOLTANDO ÀS ORIGENS

(Jacó Filho)

Morre o corpo, mas o dom é da alma...

Manipula memórias livres da matéria,

Ao descobrir-se capaz em vida etérea...

Anjos sorrindo, lhe transmitem calma...

O céu é seu lar como fora em poesias,

Em sonhos palpáveis que pode mudar...

A loucura eclode, pondo-se a duvidar,

Quanto de homem e de Deus ele seria...

Pode ver seus livros impressos na luz,

E cada inspiração, na fonte de origem...

E por algum momento sente vertigem,

Diante da força, que em glória traduz...

Ver que foi na terra, somente fuligem,

Da chama sagrada, tal os anjos dizem...

É uma grande honra e alegria participar desta brilhante criação em equipe, juntando na mesma página os vossos talentos...

Muito obrigado!!!!

Coordenado e editado pelo mestre KNZ:

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/1896899

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

Obrigado mestre Miguel Jacó por sua lindíssima interação, valorizando ainda mais cada verso destes sonetos, e espero que Deus possa lhe retribuir devidamente.

Esta data para alguns sugere o pranto,

Imagina-se uma catástrofe lá no céu,

Há pessoas na vida como esmoleis,

Desencarnam e recebem seus troféus,

Outras tantas simulam seu paraíso,

Esmolando do espírito um aluguel,

Descontentes com sua materialidade,

Desejando correções quando no céu...

Ao poeta não cabe tamanha duvida,

Pois aqui ele habita vários mundos,

Alguns até são seguidores profundos...

Das lições de desapego a este corpo,

Sendo assim desencarnar não é sufoco,

Representa começar sua nova vida...

Excelentes poema parabéns a todos foram extraordinários, É raro uma fusão de tamanha qualidade poética quanto a Que se ver nestes sonetos... Tenham um bom domingo.. MJ.

Enviado por Miguel Jacó em 01/11/2009 08:26

para o texto: O CÉU E O POETA (KNZ) -/- MORTE DO POETA (Elen Nunes) -/- A NOITE E O POETA (Arão Filho) -/- VOLTANDO ÀS ORIGENS (Jacó Filho) (T1898762)

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

Obrigada Teresapraia por sua lindíssima interação, valorizando ainda mais cada verso destes sonetos, e espero que Deus possa lhe retribuir devidamente.

Na noite do tempo do mundo, o poeta fala do sagrado.

Ouve os sussurros dos deuses, e traduz em linguagem corrente os vestígios do canto dos anjos

Só o poeta busca a interioridade do indizível, dos sentimentos sem abrigo, porque como um ninho ele abraça as misérias, o profano e as converte no seu regaço

Tua página é uma moldura poeta.

Um acervo de maravilhamento, que traduz esta transição da vida, mas tira o peso que ela,(a morte) arquetipicamente carrega.

Meu aplauso e meu respeito aos poetas que compõe esta ciranda de tão belos sonetos.

Enviado por Teresapraia em 01/11/2009 08:46

para o texto: O CÉU E O POETA (KNZ) -/- MORTE DO POETA (Elen Nunes) -/- A NOITE E O POETA (Arão Filho) -/- VOLTANDO ÀS ORIGENS (Jacó Filho) (T1898762)

_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_*_

Obrigada Jady Alves por sua lindíssima mensagem, valorizando ainda mais cada verso desta coletânea, e espero que Deus possa lhe retribuir devidamente.

O que dizer com tanta beleza que emana dos corações poéticos? Eu aplaudo e saio satisfeita, por saber que além das nuvens um dia iremos todos louvar de perto o Criador que nos permite valorizar cada mensagem de amor, cada linha traçada e inspirada com certeza por anjos, isso tudo é lindo demais, eu gostaria mas, não saberia traduzir com tamanha preciosidade e me unir aos Mestres que aqui deixaram seus sonetos impressos na tua pagina Jacó. Lindo, lindo demais ter olhos pra ver e ler tanta coisa linda de uma vez só. Que Deus abençõe a inspiração de cada poeta que deixou aqui sua participação... Deixo meu carinho especial a você Jacó, tenha certeza que se não consigo sonetar, posso refletir e tirar lições disso tudo, aprendo com o coração. Obrigada sempre. Abraços ternos da jady.

Enviado por Jady Alves em 01/11/2009 23:16

para o texto: O CÉU E O POETA (KNZ) -/- MORTE DO POETA (Elen Nunes) -/- A NOITE E O POETA (Arão Filho) -/- VOLTANDO ÀS ORIGENS (Jacó Filho) (T1898762)

Jacó Filho
Enviado por Jacó Filho em 01/11/2009
Reeditado em 02/11/2009
Código do texto: T1898762
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.