Nem o frio, ou o calor que me enlouquece,
Ou a vergonha de voltar de mãos vazias,
Nada disso, amiga, perturba o teu outono,
Nem acidula o mel do teu favo absoluto.
Teus olhos, estrelas gêmeas, ainda conserva,
O brilho da manhã, temperada de promessas,
És esperança e uma fábrica de possibilidades,
Onde meus sonhos se abastecem de confiança.
És um celeiro pródigo de sabedoria e graça
E eu sou um hotel povoado de fragilidades,
Hospedando a rosa nua da tua mão medicinal.
Mas amanhã, quando o sol vier render a lua,
Serei de novo oficina farta de prodígios raros,
Que reconstruístes numa única e mágica noite.
Ou a vergonha de voltar de mãos vazias,
Nada disso, amiga, perturba o teu outono,
Nem acidula o mel do teu favo absoluto.
Teus olhos, estrelas gêmeas, ainda conserva,
O brilho da manhã, temperada de promessas,
És esperança e uma fábrica de possibilidades,
Onde meus sonhos se abastecem de confiança.
És um celeiro pródigo de sabedoria e graça
E eu sou um hotel povoado de fragilidades,
Hospedando a rosa nua da tua mão medicinal.
Mas amanhã, quando o sol vier render a lua,
Serei de novo oficina farta de prodígios raros,
Que reconstruístes numa única e mágica noite.