Mentira

Você me foi efêmera como um cigarro

De obscura essência me infundiste

Lançaste-me fora como um escarro

Como um dente podre me cuspiste

Estilhaçaste-me como um pote de barro

Nem ao menos os lamentos ouviste

Meu coração te entreguei dentro de um jarro

que me devolveste junto com um chiste

A mesma boca que me beijou ardentemente

Usaste para ofender-me com uma mentira

Negaste o óbvio,varias vezes repetidamente

Se certa vez toquei para ti a minha lira

Saibas que nunca a ouvirás novamente

Ofereço apenas nestes versos a minha ira

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 30/10/2009
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