Mentira
Você me foi efêmera como um cigarro
De obscura essência me infundiste
Lançaste-me fora como um escarro
Como um dente podre me cuspiste
Estilhaçaste-me como um pote de barro
Nem ao menos os lamentos ouviste
Meu coração te entreguei dentro de um jarro
que me devolveste junto com um chiste
A mesma boca que me beijou ardentemente
Usaste para ofender-me com uma mentira
Negaste o óbvio,varias vezes repetidamente
Se certa vez toquei para ti a minha lira
Saibas que nunca a ouvirás novamente
Ofereço apenas nestes versos a minha ira