LUTA PELO PÃO

Noite. Mesas repletas. A consagração.
Nostálgicos gargalhos; gritos de histeria,
a um só tempo manam dessa algaravia
no curso emocional forte da paixão.

Nesta trilha sonora;... e nesta folia,
fluem champanha, vinhos pobres e ilusão;
lazeres do vulgo; sêmen em erupção.
Já o sacolejar falaz das juras previa.

Se ao lurido luar do néon, na luta,
pelo pão, as fêmeas se prostituíram
de boca e ânus, no prazer “a la minuta”

e ao sexo oficial deturpado aderiram
(hoje, que nenhum mal mais se vê nesta puta,)
nutri-la cabe aos governos que se omitiram.
Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 29/10/2009
Reeditado em 12/01/2012
Código do texto: T1893629
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