Paixão
Quando não pode o coração pulsante
conter o batimento mais frenético;
fingir o deleite agudo e poético;
manter-se deveras calmo e constante;
Quando ao peito o coração fulminante
vibra descontroladamente – ep’lético;
e fala mesmo sem ser dialético;
e sente o sentimento dominante:
a Chama – a Paixão – no coração já arde!
E todo o corpo à ardência é submisso,
pois da razão se ‘squece o pensamento.
Pedir não se deve à Paixão que aguarde;
pois já é-lhe reservado o compromisso
de amar: – e a Paixão ama já num momento!