Paixão

Quando não pode o coração pulsante

conter o batimento mais frenético;

fingir o deleite agudo e poético;

manter-se deveras calmo e constante;

Quando ao peito o coração fulminante

vibra descontroladamente – ep’lético;

e fala mesmo sem ser dialético;

e sente o sentimento dominante:

a Chama – a Paixão – no coração já arde!

E todo o corpo à ardência é submisso,

pois da razão se ‘squece o pensamento.

Pedir não se deve à Paixão que aguarde;

pois já é-lhe reservado o compromisso

de amar: – e a Paixão ama já num momento!

Jack Fernandez
Enviado por Jack Fernandez em 29/10/2009
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