Soneto de um enamorado
Quando lhe vejo descer as escadas
Envolta de magnânima beleza
Minha alma alcança atônita leveza
Desfile em minhas ávidas estradas!
Com belas flores, cores avivadas!
Perfume-as com formosa sutileza!
Vem conhecer teu reino! Vem princesa!
Nesta noite de estrelas rebuscadas!
Estes versos contêm uma fagulha
Do real proporção deste meu sentir!
Jamais tente medir quanto te adoro!
Verás que no buraco de uma agulha
Passa sim um camelo! Pra que fingir
Se és tão somente a vós que eu enamoro