Soneto das Sombras

Mãos cansadas que escrevem a fio

Espaços preenchidos tendem ao vazio

Temor de hoje, receio de amanhã

E pensar que um dia fui sã

Monstros de minha própria criação

Olhares que remetem a perdição

Anestesiada pelo medo

Que pende ao desespero

Sombras que imergem do escuro

Ruídos de algum rio impuro

Certezas, por trás de grades

Fatos que estremecem vaidades

Lentamente adormeço, sentindo calafrio

Devagar, como num suave rodopio

Lana Parker
Enviado por Lana Parker em 28/10/2009
Código do texto: T1892696
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