O ÚLTIMO BEIJO
A paz paira no peito pouco arfante,
a face ofusca a forma de ser flor.
As horas param. Permanece o instante
do corpo crucial, quase sem cor.
Suspira a boca o hálito ofegante,
os olhos choram lágrimas de dor,
a vida envida esforços, o bastante
para ser vida até o sol se por.
Boca tremente, lábios de oração,
um frágil corpo contra um corpo forte,
mãos que transmitem fé à fria mão.
O instante final. Da vida o corte!
O corpo forte em preces de perdão,
os lábios rubros a beijar a morte!
Odir, de passagem.
A paz paira no peito pouco arfante,
a face ofusca a forma de ser flor.
As horas param. Permanece o instante
do corpo crucial, quase sem cor.
Suspira a boca o hálito ofegante,
os olhos choram lágrimas de dor,
a vida envida esforços, o bastante
para ser vida até o sol se por.
Boca tremente, lábios de oração,
um frágil corpo contra um corpo forte,
mãos que transmitem fé à fria mão.
O instante final. Da vida o corte!
O corpo forte em preces de perdão,
os lábios rubros a beijar a morte!
Odir, de passagem.