Penseroso II

Certa vez, chamaram-me Penseroso

Caiu-me bem no momento aquele nome

Não lembro bem quem foi o desditoso

Que com tal alcunha presenteou-me

Quando infante me fiz amargo e pesaroso

Agora mancebo, tornei-me infame

O que vejo no espelho é monstruoso

Só sinto dor, amargura e fome

Questionei-me certa vez qual o motivo

De eu não ter a convicção de um suicida

E assim continuar desafortunadamente vivo

Concluo que mereço o que passo nesta vida

E deste fado devo permanecer cativo

Até que me seja oferecida uma porta de saida

Rômulo Maciel de Moraes Filho
Enviado por Rômulo Maciel de Moraes Filho em 26/10/2009
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