Soneto n.103
Dança, lá dentro do espaço,
o sentir que trago no peito,
feito por um amoroso laço,
que jamais será desfeito.
A canção traça o compasso
em um som mais que eleito.
E todo esse Mal eu desfaço,
se em teu abraço me deito.
Em cada manhã, eu abençoo,
em cada noite, eu agradeço:
pelo ar, pelas asas, pelo voo.
Sou a ave que volta a seu ninho
e - vinda do céu - eu te ofereço:
o meu teto, o pão e meu vinho!
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Silvia Regina Costa Lima
6 de outubro de 2009