EU SOBREVIVO!
Eu sobrevivo a todas as tempestades da vida...
Tanto quanto às da minha própria natureza!
Sobrevivo, estraçalhada a cada golpe na ferida...
Açoite do mundo em seu chicote de aspereza!
Eu sobrevivo aos desencantos vis do mundo!
Pois deste tal mundo, ao abrir ferrenha janela...
Respiro do jardim, das flores e respiro fundo!
Buscando aroma de flor cada vez mais bela!
Eu sobrevivo por mim! Por ti! Por tudo!...
Eu sobrevivo ao silêncio dilacerado, mudo...
E à flecha que fez em meu peito um crivo!
Por todas as águas bravias em mar revolto...
Pela liberdade deste meu pensamento solto!
Ante toda adversidade... Eis que eu sobrevivo!