SONHOS DE UM SONETO


Violões pelo chão da madrugada,
com plangência de primas e bordões,
tocando as almas puras, como espada
de amor a ferir os corações.

A lua, em plenilúnio, enamorada,
rubescendo da rua os lampiões,
motiva a natureza prateada
nas portas, nas janelas, nos portões.

De repente, um poeta sonhador
alteia a voz. Acordes em noneto.
Violas, violões, carpindo amor!

O luar luz o sonho onde me entreto
como se fora o fértil trovador
na seresta de sonhos de um soneto.


Odir, de passagem
oklima
Enviado por oklima em 24/10/2009
Código do texto: T1885032
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