A DOCE PALAVRA AMARGURADA
Quanto amargo há neste gole de saudade!
Que sorvo agora por esta lembrança de ti!
Quanta palavra, então dita sem maldade!
Que malditamente selou o beijo que perdi!
E... Vendo-o, calado... Distante... Oprimido!
Então, mil vezes me despedaço por dentro!
Sem cautela, antes, eu nunca quisera ter tido...
Esta ponte que atravessei rumando adentro...
Deste teu ser tão compassivo e amargurado
Por meu eu, vil, incompreensivo e torturado...
Ah!... Quisera eu, calar na boca, o que não pude...
E calar fundo toda insanidade do que eu disse,
Que tornou o nosso amor, assim, calado e triste
Por espinho aguçado em palavra dorida e rude!
Goiânia-GO, 23 de outubro de 2009.
SIRLEY VIEIRA ALVES