LEMBRANÇA RECAÍDA NA SAUDADE!

A lembrança da saudade não compensada

É um poço de penumbras despercebidas...

Onde, eu, em recaída na palavra impensada,

Quedo em todas as tentativas de subidas!

E nem fantasmas me escutam por socorro!...

E só lançam olhos, os seus vultos sobre mim!

Eu que me sufoco, eu que vivo, eu que morro!

Numa teia de tentáculos, perseguições sem fim!

E percorro os extensos campos de minha’lma,

Perdida, sedenta, sem gota de vida na palma!

Assustando-me ante cada reflexo de espelho!

E vou seguindo sob este Sol escaldante!...

Sob um céu, em caminho ermo e errante...

Atravessando este mar revolto e vermelho!

Goiânia-GO, 23 de outubro de 2009.

SIRLEY VIEIRA ALVES