Exílio do poeta romântico
Oh triste primavera desflorida,
Agora é pesadelo o que era sonho,
Flor, juntos nos perdemos nesta vida
De encontro e desencontros... Tão tristonho
Fado!... A alma de trevas revestida...
Foste estação de um sonho tão risonho,
Sei que não cabem flores na partida,
Não há na vida sentir mais medonho!
Romântico poeta! Vá com Deus!
Pois ninguém virá em teu auxilio!
É tempo de pagãos e dos ateus!
Se não há inspiração noutro sorriso!
Sim vá e viva a torpeza deste exílio!
Vá buscar teu sonhado paraíso!