A VIDA

A VIDA

Quiçá fosse assim e pra sempre fosse... Tudo isso!

Hás de mudar, todos mudam, traçado comum,

Muito amor pra dá, cartas na mesa, és mais que um!

Pele macia, cabelo em cachos, amor aos kilos!

Fartura de vida, encantamento, tudo é brilho.

Ser companheiro, fazer dinheiro, fazer família,

Andar na existência é tudo fácil, tudo concilia!

Mas o relógio não pára, causando o teu estrilo!

Vocifera com suas próprias células, que já estão

Na decaída, sem vaidade, já começam a se entregar!

Trabalham lentas e preguiçosas sem perguntar...

E no olhar perdido dos teus olhos tristes...

Você muda! E vai rolar por escarpas e barrancos,

Carregando teus velhos traços e teus cabelos brancos .

Veronica Jacó de Souza

Guaratinguetá – SP., 22/10/2009