SÉTIMO SOL
SÉTIMO SOL (De como o 7 e seus múltiplos me alvorecem) (Edson Moraes)
(Para Suely e nossos filhos Rodrigo, Mariana e Paulo Henrique)
I
Nascia a década de 80 – e entre suores
Dias de março, eram dos marços os melhores
Vi o sétimo sol a se iluminar comigo
No leito branco, o amor dos meus amores
Balbuciou na voz sublime dos cantores
O nosso verso aqui está: Rodrigo!
II
Era o prenúncio do que veio depois
Quando em novembro, uma manhã de 82
Sétimo sol voltou à persiana
No leito branco a mulher da minha vida
Abriu-me os braços e suspirou embevecida:
O nosso abraço aqui está: Mariana!
III
Sétimo sol, que se julgava muito pouco
Em quatro se multiplicou, o doce louco
Rasgando o ventre da mulher, terno caminho
Pediu mais março e se atirou ao puro coito
E ela acesa, afogueada, a vinte e oito
Pôs mais calor em meu viver: Paulinho!
Obs: Esse poema fiz para celebrar o amor à família e, especialmente, à instigante presença do número sete e seus múltiplos em situações marcantes da minha vida, direta ou indiretamente. Sem forçar a barra posso citar aqui alguns fatos:
a) Em 1960, a contragosto e num ato de desespero, meu pai, católico radical, aceitou dar umas baforadas num charuto benzido por uma entidade de Umbanda, o Pai Tomás, para livrar nossa família de ser despejada e cair no olho da rua. Por incrível que pareça, no dia seguinte após à baforada meu pai soube que receberia uma indenização inesperada. O dinheiro chegou certinho para comprar a casa que é dele até hoje. Prestaram atenção? O ano foi 1960, que na operação dos noves fora dá 7.
b) O nome do primeiro filho, Rodrigo, já estava escolhido bem antes de a Suely engravidar. Ele nasceu no dia 7 de março. Nesse dia conferi a folhinha e vi: 7 de março, Dia de São Tomás. Aí acrescentamos o Thomaz ao nome do Rodrigo, que, aliás, tem 7 letras, assim como a Mariana.
c) Mariana, a filha do meio, nasceu no dia 7 de novembro.
d) Paulo Henrique, o caçula, nasceu no dia 28 de março e 28 é múltiplo de 7.
e) O nome completo do Paulinho é Paulo Henrique Caballero Moraes - 28 letras.
f) No dia 12.10.09 sacramentei minha conversão ao pentecostalismo, ao ser batizado pelo pastor Milton Marques. Fui católico durante mais de 40 anos e nesse tempo aprendi muitas coisas boas e santas que me deram suporte para a vida. Agora, essas lições se aperfeiçoam e ganham maior claridade, pois creio ter encontrado a melhor forma de servir a Deus e propagar sua palavra, lendo, entendendo e cumprindo a disciplina do Evangelho. E entendo que todas as coisas naturais e sobrenaturais a serviço da saúde material e espiritual das pessoas provêm de Deus, o Senhor único, absoluto e verdadeiro.