O meu querer!
O meu querer!
A minh'alma anseia-te! Ó chama viva!
Fogo luzente da vida, de todo o ser!...
Que te roga soberana, bela e altiva
Por arder no teu tíbio, cantar e viver...
Minh'alma de tão louca te sonha, cativa
Flamejante e perfeita no teu querer...
E, na mais vaga noite, ver-te sensitiva
A queimar-me na pele o teu bel-prazer!
Ó ânsia, que no meu peito tanto chora!...
Embriagado por ti, que fosse outrora
Já que presente por hora quer-te sentir!
Que ardente tu venhas a me encontrar...
No teu rigor extremo, às ondas do mar!
Que me faça pela lua inteira, o teu luzir!
(Poeta- Dolandmay)