SE HÁ UM POETA EM MIM...
Se há um poeta em mim conforme disse
Numa quimera a musa a dar-me os flancos
E o busto a descobrir-lhe os seios brancos
Em minhas mãos tremendo em ledice
Beijando os lábios meus com tal meiguice
O suave impulso meu rompeu-lhe os trancos
Pernas e braços não quedaram mancos
No ávido desejo, o membro em riste.
Se há um poeta em mim rege-o o destino
E a lua a esta cena a que ele assiste
A justiça de Deus bater o martelo
E silenciar meu verso e um violino
Como se o mundo inteiro nos ouvisse
Gemer dolente como um violoncelo.
Se há um poeta em mim conforme disse
Numa quimera a musa a dar-me os flancos
E o busto a descobrir-lhe os seios brancos
Em minhas mãos tremendo em ledice
Beijando os lábios meus com tal meiguice
O suave impulso meu rompeu-lhe os trancos
Pernas e braços não quedaram mancos
No ávido desejo, o membro em riste.
Se há um poeta em mim rege-o o destino
E a lua a esta cena a que ele assiste
A justiça de Deus bater o martelo
E silenciar meu verso e um violino
Como se o mundo inteiro nos ouvisse
Gemer dolente como um violoncelo.