DESPERTAR
Se te apraz a solidão, te anima!
Estás, enfim, como sempre desejaste
E o meu amor, que veemente recusaste,
Irá comigo, pra cumprir uma nova sina
A ti, eu dei meu doce riso de menina
Te dei meu corpo e te pedi que vigiasse
Que o teu desejo, envolto nele, derramasse
Como vertente, em fonte limpa e cristalina
Te dei no inverno, o transmutar do clima
Te aqueci e te cuidei, com a minha rima
Me desprezaste os versos sem qualquer piedade
Saí de mim para te ver além, de acima
E meu coração soube que o que tanto estima
Jamais passou de um arremedo de verdade...
Se te apraz a solidão, te anima!
Estás, enfim, como sempre desejaste
E o meu amor, que veemente recusaste,
Irá comigo, pra cumprir uma nova sina
A ti, eu dei meu doce riso de menina
Te dei meu corpo e te pedi que vigiasse
Que o teu desejo, envolto nele, derramasse
Como vertente, em fonte limpa e cristalina
Te dei no inverno, o transmutar do clima
Te aqueci e te cuidei, com a minha rima
Me desprezaste os versos sem qualquer piedade
Saí de mim para te ver além, de acima
E meu coração soube que o que tanto estima
Jamais passou de um arremedo de verdade...