Angústias impensáveis

Na mente vozes, cheias de palpites,
delírios que torturam tanto. Medo!
Um “eu” ausente, ausentes seus limites,
sem luz no fim do túnel, sem enredo.

Angústias sem contornos, cinzas densas,
no espaço-tempo vive só, perdido,
desvinculado, solto em formas tensas,
sem paz, sem chão. Um pássaro ferido!

Por vezes nem o corpo sente vivo,
perdido e só na bruma gris da mente,
sentindo dor, que o seu viver solapa.

Angústias mil, sem vínculos, sem sono,
entorpecida a mente, em abandono,
da realidade vai e vem. E escapa.
 
Cuiabá, 22 de Outubro de 2009.


Cantos de Resistência, página 73


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26/10/2009 15:25 - É Aqui Oh - Uma sui generis poetisa em que somente mentes além galáxias podem adentrar em sua grandiosidade poética, sentir a tua textura requintada e inigualável. Parabenizo-a e te aplaudo de pé. Bravo!!!
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 22/10/2009
Reeditado em 02/08/2020
Código do texto: T1880292
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