Ritual de Convivência



Num tempo nublado, vieste do nada...
E vi nascer um dia novo e brilhante,
Descoberta em cobertas de amante
Profundo, abissal, me senti amada...

Desvelo antigo, um pouco de cada...
Começou de uma gota e foi adiante...
O pinguinho deu-me vida consoante,
Miragem e varanda de mim, tomada

Em teus braços, no assalto de tua voz...
Me querias e tocavas, sofregamente,
Minha inércia inerte, e sem reverência...

Até que todos os mins se tornaram nós
Aos gemidos, gritos incautos, indolentes,
Numa insanidade ritual de convivência...


Ibernise
Indiara (Goiás/Brasil), 21SET2009.
Núcleo Temático Romântico.
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