Soneto à meninez

Infância! Doce tempo desta nossa vida,
Correndo pelas ruas, solto como o vento,
Se pão e amor se têm, um lar e o colo bento,
E não se vive ao léu, sem ter sequer comida!

Brincar, pular, sorrir, sem ter quem só agrida,
E ter, na sua dor, também, um terno alento,
Não ser tratado qual um cão que está sarnento...
O infante só merece nosso amor, guarida!

A meninez merece ser, enfim, sagrada...
Quem é sadio corre, brinca e sempre agita!
E fura o bolo logo e lambe seu dedinho!

Nada melhor do que doçura assim proibida,
Comer “aquilo” que a mãe guarda pra visita,
“roubar” a doce fruta  do quintal  vizinho!

Edir Pina de Barros


POL, 20 de Outubro de 2009.
Mote: Edir Pina de Barros
"Nada nos tenta melhor que uma doçura proibida..." (Glauco Mattoso)
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 20/10/2009
Reeditado em 20/10/2009
Código do texto: T1877832
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