Outr'orgasmo
Outr’orgasmo
Mulher – quão indizível tesão o de te despir
E beijar-te as ancas que como ‘sculturas
– Libertinas! Venusianas!... – às alturas
Ascendem-me... [já ansioso pelo porvir!]
Bem entendes a delícia – excelsa! – do ir
E do vir no thesaurus de tuas maduras
Formas corpóreas com as quais emolduras
Do Empíreo o clímax... do homem o elixir!
Mulher – tu herdaste d’Amorosa Suprema
A suma C’roa d’Amor... do sexo o poema
Ora sutil e tímido e vero e moroso...
Ora gemido – e fogoso! – e ardido e feroz...
Pois bem sabes que quando ‘stamos os dois sós
Gozamos d’orgasmo seu prazer monstruoso!