Soneto a uma alma insana.
Queria viver o perdão
Mas não posso fazer chorar minh’alma
Perdoar é um esquecer que acalma
E não quer se acalmar meu coração.
Quero carregar na eternidade
Tua lembrança como um vinho amargo
Que ao paladar deixa marcado, o trago,
Para que nunca se esqueça à sobriedade.
Dizem-me que é bela a alma, que leve,
Perdoa todo aquele que na vida a fere,
E que a felicidade, só se dá, aos puros.
Mas, não quero libertar-me de meus muros,
E sei das atitudes que o viver difere
Se, por acaso, escolho um sofrer mais breve.