ONDE O NADA É TUDO
Busco um caminho sim, dentro daquela estrada
em que naufrago, sempre, mais outro tantinho.
E ainda me embriago em nova quixotada,
que iniciada, me faz sorrir assim baixinho...
E mais me iludo com o meu conto de fada
onde não trago nada, mas carrego tudo.
Vou queimando no inferno dessa fria invernada,
pra voltar me arrastando nesse inverno agudo.
Pois, onde vou buscar tudo, só encontro nada.
Mas, orando ajoelhada, bem devagarinho,
vou tentando encontrar a fé mais arraigada.
Acho que isso é o meu signo, talvez, o meu vinho,
um perfume benigno em minha caminhada,
de um cheiro que eu não sinto, mas adivinho...