Paixão Sepulcral
Repentinamente vem a penumbra
Surrupiar meu incandescente amor
Sugando tudo o que em frente vislumbra
Mantendo apenas gélido temor
Que faço nesses momentos carentes
Sem mão alheia alisando a cabeleira
Sem a dor da mordida de teus dentes
Sem a graça de uma paixão arteira
Uma cama de solteiro é o que resta
Para acalentar e relaxar o ego
Melancólico de cessar de festa
A tampa que deixes, eu mesmo pego
Mas por favor, não deixes restar fresta
Quando martelares o último prego.