Carro de boi e carreiro
O carro de boi na areia
vai gemendo estrada afora,
parecendo até que chora,
sob a lua, que clareia;
tanto cana ele baldeia,
que o vão da areia deflora,
gemendo ele vai-se embora,
na noite de lua cheia.
O carreiro, já cansado,
parece chorar também,
pela estrada que coleia,
no sertão enluarado,
distante deixou seu bem,
que no seu peito pranteia.
Cuiabá, 18 de outubro de 2009.
Livros: Poesia das Águas, pg. 57
Sonetos selecionados, pg. 67
O carro de boi na areia
vai gemendo estrada afora,
parecendo até que chora,
sob a lua, que clareia;
tanto cana ele baldeia,
que o vão da areia deflora,
gemendo ele vai-se embora,
na noite de lua cheia.
O carreiro, já cansado,
parece chorar também,
pela estrada que coleia,
no sertão enluarado,
distante deixou seu bem,
que no seu peito pranteia.
Cuiabá, 18 de outubro de 2009.
Livros: Poesia das Águas, pg. 57
Sonetos selecionados, pg. 67