SONETO DO AMOR DE UM SÓ
SONETO DO AMOR DE UM SÓ
Da bala doce que foi da sua boca
E que agora é da minha
É de doce fugaz.
Tão prófugo quanto seu modo de amar.
A lua que brilha num dia intensamente
E que noutro míngua.
Lembra-me o nosso caso.
Poderosa como só. Quando cheia.
Foi onda gigante feita em mar aberto.
Que quando finalmente chega à praia
Sequer produz espuma.
Esse amor foi de chuva, de vento forte.
A febre que eu tive depois desse banho
É que ainda não passou.