SONETO DO AMOR DE UM SÓ

SONETO DO AMOR DE UM SÓ

Da bala doce que foi da sua boca

E que agora é da minha

É de doce fugaz.

Tão prófugo quanto seu modo de amar.

A lua que brilha num dia intensamente

E que noutro míngua.

Lembra-me o nosso caso.

Poderosa como só. Quando cheia.

Foi onda gigante feita em mar aberto.

Que quando finalmente chega à praia

Sequer produz espuma.

Esse amor foi de chuva, de vento forte.

A febre que eu tive depois desse banho

É que ainda não passou.

Renann Calazans
Enviado por Renann Calazans em 17/10/2009
Reeditado em 02/03/2023
Código do texto: T1870943
Classificação de conteúdo: seguro