Soneto n.101



O que, um dia, sonhei e ainda vive
na raiz do espírito e em tal conflito,
transforma-se em um rito esquisito,
descendo sobre mim, em vil declive.

Neste sentimento que aqui revive,
há um sombrio querer, e me agito
(aflito)
sabendo que é grave delito,
andar pelos caminhos onde estive...

Dia a dia, noite a noite, eu fico insano,
desdobrando-me em duplo caráter:
ora 
mau ... ora anjo ... e muito humano.

E na sombra do Bem, meu Mal impera,
enraizado em mim em célula máter -
um Dragão real - que mata a quimera!*
***
Silvia Regina Costa Lima
6 de outubro de 2009



*(ilusão, sonhos)

Obs: Apenas Poesia
SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 15/10/2009
Reeditado em 07/11/2009
Código do texto: T1868472
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2009. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.