AVERNOS

Na solidão da mata os socavões

Regurgitavam de animais selváticos,

Bravos, briguentos, bárbaros, traumáticos,

Fazendo ali infernos de agressões.

Ninguém trilhava a mata, por cautela,

Somente os índios em magotes, maus,

Com arco e flecha, com borduna e paus,

Pra proteger a indiada tagarela.

Se a mata era um inferno, purgatório,

Era o mar sempre encapelado e estranho

Com suas vagas, colossal tamanho,

Pela praia quebrando – fim inglório!

A Terra tem também os seus avernos

Enquanto o Céu tem glória e Bens eternos!