SOLIDÃO

Solidão, raiz do sol, sorve e queima

Crepitante, caudas cãs da escuridão.

Espuma do magma invisível, fleima,

Fogo frio de faminta laceração.

Solidão, greda que gruda, que grafa

De amarelo brasileiro, o coração.

Tristeza azul no meu céu que geografa

O incerto destino de certa nação.

Solidão, que com tuas letras me compõe,

Com teu barro de nome flamejante,

Assim, a calcular-me como dispõe.

E em mim a solidão escorre e medra,

Lava, dizer que queima é redundante

E um instante n'água, sentimento é pedra.

>>KCOS<<

Karlla Caroline
Enviado por Karlla Caroline em 15/10/2009
Reeditado em 12/07/2010
Código do texto: T1867875
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