CASUALMENTE
Só mais um decote teria sido
Não fosse a pessoa que o vestia...
Meu olhar não o teria percebido
A olhos nus, em plena luz do dia,
Não fosse o jeito descontraído
Da bela moça que o exibia
Sem saber que ali um enxerido
Aprendiz de poeta entraria.
E ao adentrar-me, que coisa bela!
À mostra estavam os seios dela.
Parte deles - que se diga a verdade! -,
Mas o bastante para instigar
O fogo ardente a me queimar
O corpo inteiro, sem piedade...