O CREPÚSCULO
I
Já tiveste tempo de ver o horizonte?
Ao cair da tarde? Que linda aquarela!
O sol de mansinho se esconde nos montes
Tingindo o crepúsculo de cores tão belas.
II
São rosa, violeta, azul, amarela
Em várias matizes, um raro esplendor
O artista divino que pintou esta tela
Criou o universo inspirado no amor.
III
Os últimos raios do sol que declina
Refletem nas nuvens souradas de luz
Um doce espetáculo, miragem divina
Que os olhos de todos encanta e seduz.
IV
A luz se extenua, já fenece o dia
O quadro mais lindo no céu se desfaz
Já tocam os sinos pra Ave-Maria
O mundo descansa, é hora de paz.
V
Já surge no alto do céu cor de opala
A primeira estrela, alegre cintila
Mil pontos brilhantes, uma festa de gala
Pra noite que chega serena, tranquila.
(Este soneto escrevi num dos lugares mais lindos do Brasil, em Fernando de Noronha-PE, no ano de 1978, quando tirei uma foto e logo veio a inspiração e ao revelar escrevi atrás da mesma).