A DOR DO AMOR


Quando o amor termina, vem, depois,
a angústia, o silêncio e a solidão.
Sombras que assombram. Marcas, pelo chão,
lembrando ausências, remontando histórias...

A ponta de um cigarro, a marca de batom,
as contas de um colar, um friso, um pente...
- como machuca, como dói na gente
as cores da saudade em qualquer tom!

É dor demais dorida, dor ingrata
que fere, que machuca, que não mata
mas deixa marcas imortais depois.

É a dor incomum, que mais maltrata,
de um dos dois a procurar por um,
do ser sozinho à espera de ser dois.

Odir, de passagem

oklima
Enviado por oklima em 14/10/2009
Código do texto: T1866127
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