Despedida de mim mesmo
Querida sempre sinto-te presente
No soprar da aragem na madrugada,
Mas era mera quimera vergastada
De pesado pesar, e este é ingente,
O tempo se distorce em inclemente
Desejo que se inflama na alvorada
Como o sol seca o rocio na calçada
Que muitas vezes fora paciente
Secastes minhas lágrimas vertidas,
Tu me viste lançar frívolos desejos
Ao jugo desta torpe e triste aragem
Que passa desnudando na paisagem
Tua face gargalhando vis motejos
De mim caído com flores fenecidas!...