DEMORAMOS DEMAIS...
Sonhei! Ouvi sua voz a clamar o meu nome.
Melancólicos sons, num apelo tão triste...
Minha alma acorda, já não sonha e se consome;
ao seu lamento, a vontade, já não resiste!
Nas asas invisíveis pelo amor tecidas,
vôo na escuridão da noite, sem temor...
Todas as mazelas enfim adormecidas...
Rasgo o céu escuro, na forma de um condor!
Afinal que chego e te encontro tão sozinho...
Buscando se aquecer em solitário ninho,
coberto das lembranças que não voltam mais...
Abraço teu corpo, te envolvo em meu calor!
Beijos salgados, incoerências do amor...
Sim, nós demoramos... Demoramos demais!
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